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Monday, May 01, 2006

Gengibre...


Uma das especiarias mais conhecidas pela humanidade, o gengibre existe há pelo menos 3 000 anos. Já gozava de popularidade no Oriente Médio e no sul da Europa bem antes do Império Romano, quando passou a usufruir de elevado status. Condimento poderoso, capaz de refrescar e fazer arder ao mesmo tempo, imprimindo ainda leve toque adocicado, é a raiz de uma planta cientificamente chamada de Zingiber officinale. Seria originário do Sudeste Asiático, possivelmente da China, de acordo com a publicação An Illustrated Guide to Herbs (Anna Kruger, Dragon's World Book, 1992, Londres). Durante o Império Romano, o gengibre atingiu preços altíssimos, tornando-se uma das mais valorizadas especiarias. Mas isso não aconteceu por conta de seu uso culinário, que era mínimo na época, e sim devido às propriedades medicinais. Segundo o livro The Food Lover's Tiptionary (Sharon Tyler Herbst, William Morrow, Estados Unidos, 2002), o gengibre constitui de fato um importante antioxidante, antiinflamatório; alivia a náusea; afina o sangue; e combate as bactérias. Por isso, mesmo com a queda do Império Romano, o comércio da especiaria prosseguiu intenso na Europa. Na Idade Média, já era tão amplamente utilizado como a pimenta.Nesse período, o gengibre era comercializado também em conserva - e passou a integrar inúmeras receitas. A publicação inglesa The Oxford Companion to Food (Alan Davidson, Oxford University, 1999) defende a hipótese de que o pão de mel, que tem a especiaria como ingrediente, tenha surgido na mesma época. A cozinha medieval empregava amplamente o gengibre em receitas doces e salgadas. Usava-o inclusive para disfarçar defeitos e odores de produtos estragados. Em torno do século XVIII, a utilização do gengibre no Ocidente tornou-se restrita aos doces. A especiaria passou a emprestar sua personalidade marcante apenas aos bolos, pães e assados. Na cozinha asiática, ao contrário, sempre foi empregada nos doces e salgados e é tão popular que só perde em prestígio para o sal. Com a crescente influência da culinária asiática, durante o século XX, o gengibre volta a ser cada vez mais presente nos pratos salgados ocidentais. Pode ser consumido fresco, fatiado em finas lâminas, ou seco, como preferem os chineses. No Japão, o gengibre costuma ser preparado em forma de picles - batizado de gari - e serve de condimento para o sushi. Nos países ocidentais, é mais empregado em pó. Na Tailândia, vai fresco aos pratos e copos - além de ser a estrela principal de um drinque famoso, chamado de khing shot. O chá de gengibre é popular em Kashemira, na Índia, e o óleo serve de aromatizante para a cerveja. Quando cristalizado, faz as vezes de confeito, no fim da refeição.A Índia produz mais da metade do gengibre consumido no mundo. Outros importantes fornecedores são Jamaica, China, Taiwan, Tailândia e Nigéria. Recentemente, a Austrália ingressou nesse time. O melhor gengibre é o mais jovem. Quanto mais novo, mais delicado e saboroso. Na hora da escolha deve-se optar pelas raízes menores e pouco enrugadas. São justamente as mais novas e melhores. Para conservá-lo, o indicado é envolver a raiz em papel-toalha e colocá-la sem saco plástico na geladeira - dessa forma, poderá durar várias semanas

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