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Thursday, October 18, 2007

Os mitos da comida de microondas


Pouca coisa consegue ser melhor que um bolo batido na hora, um pão que você mesmo fez a massa ou uma lasanha esticada no rolo de macarrão. Todo mundo sabe que as comidas feitas no fogão de casa são muito mais saborosas do que aquelas que encontramos já prontas nas prateleiras do supermercado. Apesar de ter consciência disso, as pessoas usam a vida corrida como desculpa - sincera, muitas vezes - para consumir cada vez mais esses produtos práticos e rápidos, que ficam prontos em cinco minutos no quase indispensável microondas. No início de setembro, circulou pelos jornais do mundo a notícia de que um homem que comeu pipoca de microondas, todos os dias, durante anos, abriu um processo nos Estados Unidos contra a empresa fabricante do produto, alegando que um dos ingredientes contido no alimento, o diacetil, teria sido responsável pela deterioração de sua capacidade respiratória.



Ao ler essa notícia, muita gente se deu conta de que, apesar de usar esse aparelho em quase todas as refeições, não sabe ao certo se ele é nocivo ou não. A partir daí, a sociedade voltou a questionar a qualidade dos ingredientes e nutrientes dos produtos nele preparados e retomou algumas perguntas que existem desde que foi lançado: o que as comidas próprias para microondas têm de diferente das convencionais? A radiação emitida é perigosa? Será que consumir excessivamente esses produtos faz mal à saúde?

De acordo com Luís Fernando Haruna, formado em Física e estudante de Engenharia de Alimentos na Unicamp, Universidade de Campinas, a maioria das afirmações sobre o assunto é mito. "Não há nada de diferente entre os alimentos próprios para microondas e os convencionais que os impeça de serem preparados em fornos e fogões". O único diferencial é que a onda emitida pelo eletrodoméstico consegue aquecer qualquer comida de forma mais rápida que outros métodos, o que também explica o motivo desses produtos serem comercializados em um recipiente específico. "A embalagem é desenvolvida de tal maneira que a distribuição das ondas se torna a mesma em todas as partes do alimento. Além disso, esse sistema impede que uma explosão aconteça no instante em que a água se transforma em vapor", esclarece.

Uma preocupação comum entre as pessoas é em relação à radiação emitida pelo aparelho. Segundo o mestre em física, Rogério Menezes de Almeida, estudante de doutorado e atualmente professor de Física na Unicamp, esse processo aquece os alimentos por meio da vibração molecular que provoca, mas não danifica a comida. "As microondas têm efeitos estritamente térmicos e, portanto, não alteram a estrutura molecular do item que está sendo irradiado", garante o professor.
Almeida também desmente a história de que a exposição a esses raios poderia causar câncer. "A freqüência envolvida não é suficientemente alta para ionizar os átomos de tecidos biológicos e, portanto, não causam mutações nas células". O máximo que poderia acontecer seriam queimaduras na pele e no músculo, já que a radiação reage principalmente com as moléculas de água, que são o principal componente do corpo humano. Segundo o site do Inmetro, Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, ainda não foi estipulado qual o grau de exposição considerado seguro, mas, para evitar possíveis acidentes, só é autorizada a comercialização do forno se as portas não permitirem a saída dessa radiação.







Problemas da comida modernaO que dá para perceber é que o problema não está somente nos produtos para microondas, mas em todos os alimentos pré-fabricados, que contêm corantes, aromatizantes e conservantes, como alerta a nutricionista clínica Adriana Biral. O diacetil, acusado de prejudicar a saúde do americano citado na notícia, é um dos responsáveis pelo aroma de manteiga da pipoca e nada tem a ver com a composição da embalagem, como foi dito em alguns veículos.

Ultimamente, não só a pipoca, mas tudo que comemos contém algum ingrediente artificial para realçar e prolongar seu sabor e sua aparência saudável. Segundo Adriana, um dos grandes vilões nessa história é a gordura hidrogenada, que é produzida industrialmente a partir do óleo vegetal. A substância causa um aspecto crocante e viçoso porque solidifica os alimentos, porém esse lipídio também causa o enrijecimento dos vasos sangüíneos. "O óleo vegetal é uma gordura insaturada, portanto faz bem para a saúde. O processo de modificação desse óleo transforma o que era insaturado em saturado, o que é muito mais prejudicial ao ser humano e pode causar inúmeras doenças, como arteriosclerose e aumento do colesterol ruim e das triglicérides", explica a nutricionista. Adriana Furquin, professora do curso de Gastronomia do Senac, avisa que não há problema algum em comer esses alimentos





. "O homem sempre consumiu gordura, ele precisa dela para sobreviver, mas hoje em dia o abuso é grande. Desde a batata frita, até a papinha para criança, tudo contém gordura em excesso. Impossível não prejudicar o organismo de uma pessoa", alerta.

Wednesday, October 17, 2007

Dicas pra fazer pratos com segredo de restaurante....

Carnes grelhadas devem ser preparadas sempre na hora de servir

Gostar de cozinhar é uma coisa. Saber como lidar com eventuais catástrofes no meio da receita, outra bem diferente. Um jantar festivo em casa, por exemplo, pode virar um filme de terror se você apostar na receita errada. Conhecer os segredos para acertar em tarefas básicas, como o ponto da carne ou da massa que vai para a mesa dos seus convidados, é garantia de jantares e almoços bem sucedidos em território doméstico. Já uma torta que não desenformou direito pode ter salvação com o truque certo no bolso do avental.


A asiguente materia dá as dicas para evitar deslizes e consertar outros tantos na cozinha.

Porque nem sempre tudo está perdido quando a receita desanda.

Pré-requisitos básicos para enfrentar o fogão com sucesso
- Muita calma, gostar de cozinhar e da companhia dos amigos em casa. Ter prazer de receber é sempre um bom motivo para cozinhar. Fazer dos momentos na cozinha uma terapia, um divertimento e não uma obrigação, é outra dica valiosa. A pessoa que deseja uma intimidade maior com a cozinha deve começar o programa já no mercado, comprando os ingredientes, sabendo identificar o que está fresquinho e o que pode incrementar uma receita.

Alguns erros simples podem ser evitados em nome do sucesso à beira do fogão. O que fazer, por exemplo, para não errar o ponto da carne
- Para não errar o ponto, a primeira dica é preparar a carne, no caso de grelhados, como o filé mignon, na hora de servir. Outro truque é apertar levemente a superfície da carne para verificar o ponto. Se ela estiver bem macia, está mal-passada. Se estiver mais firme, está ao ponto. Outra coisa importante: você deve usar uma colher ou uma pinça para virar a carne na panela e nunca um garfo. Se você fura a carne, os sucos se perdem e, conseqüentemente, todo o sabor

Quando a pessoa exagera no sal
É difícil salvar um prato que você salgou demais. Se for muito, desista e comece de novo. Mas se estiver só um pouco salgado, um molho, por exemplo, você pode usar o truque de colocar uma batata para "puxar" o sal em excesso. Mas melhor mesmo é evitar que isso aconteça. Um truque é deixar para salgar a receita quando ela estiver quase pronta. Isso porque, na redução de molhos, o teor de sal se concentra naturalmente.

Quando a massa passa do ponto
Tem de ser muito rápido. Jogar na peneira e mergulhar numa bacia com água e gelo. Isso se a massa tiver passado só um pouquinho do tempo. Aqui, mais uma vez é melhor evitar a catástrofe. Eu sempre checo o tempo de cozimento na embalagem e desligo o fogo dois minutos antes, sempre. Porque quando você coloca a massa no molho quente, ela continua cozinhando.

Como salvar uma sobremesa que ficou feia
Uma torta ou um pudim que não desenformou direito, por exemplo: - Primeira coisa: unte bem a forma para evitar que isso aconteça. Se acontecer, você pode mudar a apresentação do prato. Você pode enfeitar uma casquinha de torta que ficou quebrada com chantilly ou, então, servir um pudim que não ficou bonito em taças individuais, lindas e enfeitadas com creme, calda, algumas frutas.

O que pode ser facilmente pré-preparado em dias de festa em casa
Tudo o que é assado ou cozido. Um ensopado de carne, uma feijoada, uma lasanha.... Você pode começar a preparar bem antes ou, em alguns casos, até na véspera. Grelhados e massas devem ser preparados na hora.

Aperitivos gostosos e rápidos para repetir em casa
- Sempre ter na dispensa algumas torradinhas ou bases de tortinhas prontas e também ingredientes fáceis para criar pastas: atum, sardinha, maionese, grão de bico em lata e condimentos, muitos. Sempre dá para incrementar uma pastinha simples com bons condimentos, como páprica ou tarrine - que você mistura com o grão de bico e faz um homus delicioso em minutos.

Livros de cozinha que valem a pena ter por perto
Precisamos ter uns cinco livros-base e de culinárias variadas: um italiano, para agradar a família; um francês, para um momento mais sofisticado; um espanhol, para ter boas receitas de "tapas" para servir antes do jantar; um livro de culinária mais exótico, cozinha peruana, por exemplo, que agora está virando moda, e um de comida mexicana, para ter pratos rápidos, fáceis de fazer e que agradam todo mundo.

Prato simples que sempre funciona, uma receita curinga que salve a refeição em momentos menos inspirados
- Massa, sempre. Acompanhada de uma carne grelhada e de alguns legumes salteados ou uma salada. É importante fazer um pouquinho de tudo, para agradar todo mundo. E servir com capricho. Nunca levar panelas para a mesa, usar pratos diferentes para servir, espalhar umas folhinhas ou florzinhas sobre a toalha, entre os copos e os pratos. Dá um ar de capricho. A comida pode ser simples, mas o tom precisa ser festivo.

A pior tragédia que pode acontecer num dia de jantar ou almoço em casa
- Testar uma receita nova no dia do jantar. A probabilidade de ela dar errado é enorme.

Tuesday, July 31, 2007

MACARONS!!!!!

Com mais de 500 anos de história, o macaron se espalha por São Paulo e ganha sabores brasileiros; crocante por fora e macio por dentro, o doce nasceu em Veneza, na Itália, e fez fama na França

Nascido na Itália e adotado pelos franceses no século 16, o macaron chegou a São Paulo há somente uma década. Nos últimos tempos, começou a se espalhar por cafés, pâtisseries e padarias gourmet da cidade e vem ganhando sabores brasileiros, como cajá e cupuaçu. "A procura não pára de aumentar", afirma a doceira Pati Piva, que produz o doce há seis anos.
Com forma de disco, crocante por fora e macio por dentro, o macaron (diz-se "macarrôn") é uma criação da Veneza renascentista. Conhecido originalmente por "maccherone", devido à sua massa fina, alcançou grande reputação na França, onde aportou com a comitiva de Catarina de Médicis. A receita, à base de farinha de amêndoas, açúcar e claras de ovos, permaneceu secreta e restrita à nobreza até ser descoberta por uma congregação de irmãs carmelitas na cidade de Nancy, no nordeste da França.
Existem várias formas de preparar macaron e incontáveis opções de recheio. Segundo o pâtissier francês Fabrice Lenud, que se declara pioneiro na produção do doce em São Paulo, à frente da pâtisserie Le Fournil, em 1997, em Nancy predomina o tipo gerbet: liso, preparado com claras batidas. É o mais comum também por aqui. "Já em Bordeaux, as claras são cruas e ele é chamado de "craquelé" devido à casquinha rachada. Sua massa é mais pesada", explica.
Há seis anos no comando da Pâtisserie Douce France, também em São Paulo, Lenud diz que faz de 60 mil a 70 mil unidades por ano, média de 190 por dia. "É uma febre. Tenho encomendas até do Norte e do Nordeste", diz. Na sua loja, predominam recheios tradicionais como avelã e framboesa.



Para Marc Gonzalez, chef da La Pâtisserie, a graça está em mesclar sabores brasileiros à base francesa. Com oito variedades na vitrine, ele dá preferência aos recheios de frutas como manga, cajá e bacuri, mas admite que o macaron de brigadeiro é o mais procurado. "Bem ao gosto brasileiro."

Independentemente dos sabores escolhidos, todos reconhecem que se trata de um doce difícil de preparar. "É importante trabalhar com ingredientes de primeira. Usar farinha de castanha de caju, como fazem alguns, é falsidade ideológica", afirma Lenud. Segundo ele, um dos segredos para obter um bom macaron é assá-lo em duas etapas. "Na primeira, forma-se a crosta; na segunda, a massa cresce como um cogumelo."

Ao voltar da França, onde estudou culinária, a própria Pati Piva teve dificuldades para reproduzir a receita. "A matéria-prima e o clima são diferentes aqui, e o doce sofre com as alterações. É muito delicado", diz. Tanto que não se conserva por mais que três dias na geladeira ou uma semana no freezer. Isto é, se durar tanto tempo.


Biscoitinho chique
Delicado e saboroso, o macaron torna-se presença obrigatória nas mesas requintadas do País
Luciana Sgarbi
Claras de ovos, açúcar de confeiteiro e farinha de amêndoas. Essa é a receita base dos macarons, delicados e saborosos biscoitinhos recheados que dão o que falar no mundo todo. Por aqui, a delícia começa a se tornar obrigatória em festas que se prezam e nas mesas de bom gosto. Só para se ter uma idéia, na Douce France, requintada pâtisserie de São Paulo, são vendidos 60 mil macarons por ano. Por conta da enorme aceitação, o chef Fabrice Lenud, dono do lugar, está ministrando aulas e workshops para ensinar a arte de fazer um bom macaron em vários Estados, como Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina. “No último ano, a procura aumentou muito”, afirma Lenud.

O biscoitinho é tradicionalmente servido em uma degustação de chá da tarde, coffee break, ou mesmo na maternidade, como mimo oferecido aos visitantes para comemorar a vinda do bebê. Outra dica é servir o macaron em coquetéis, acompanhado de champanhe. Por seu caráter elegante, ele substitui sem deixar a desejar outros agrados, como as trufas, que podem manchar um traje de gala.

Independentemente da ocasião, a iguaria exige um ambiente à altura. No restaurante Laurent, em São Paulo, por exemplo, o chef Laurent Suaudeau prepara uma deslumbrante mesa de chá, com porcelanas francesas, bien sur, para servir a guloseima. Nas suas mãos, o quitute ganha recheios diferenciados. “Os mais apreciados são os de maracujá, pistache e de cupuaçu-chocolate”, conta. No Rio de Janeiro, por causa das temperaturas elevadas, o chá não faz sucesso.
No entanto, o macaron se tornou bem-vindo do mesmo jeito. Em Ipanema, no restaurante Olivier Cozan eles fazem tanto sucesso – junto com pães, madeleines e petit fours – que o proprietário, o chef Olivier, decidiu abrir uma butique, em novembro, para vendê-los diretamente ao consumidor.

O lugar pode remeter os cariocas ao charme de Paris, a capital mundial dos macarons. Por lá, o biscoito pode ser apreciado em várias pâtisseries. Masnão há quem não se deslumbre diante da vitrine da butique Ladurée, na ruaRoyale, numa das áreas chiques da cidade, próxima à avenida Champs Elisée. Trata-se de um verdadeiro “templo” do macaron. Lá, eles são exibidos em delicadas caixas, como as que carregam os objetos mais finos. A boîte Bayadère, com 28 macarons, sai por 33 euros. Um dos segredos do sabor inesquecível do biscoitinho vendido na Ladurée é o fato de a delícia ser preparada diariamente,o que permite que esteja sempre fresquinha.

BOAS CURIOSIDADES
A História Segundo Fabrice Lenud, o macaron apareceu na França no século XVI e a receita era secreta, exclusiva da corte de Catarina de Médicis (1519 a 1589). As primeiras a fazer os tais biscoitinhos na França foram as irmãs do convento Saint-Sacrement, da cidade de Nancy. Após a revolução francesa, em 1789, as congregações religiosas passaram a produzir macarons fora dos conventos.
O significadoO nome macaron vem da palavra italiana maccherone, que quer dizer massa fina.
O segredo O chef Lenud ensina: um excelente macaron é feito mesmo de farinha de amêndoas. Sua substituição por farinha de caju prejudica a qualidade da iguaria.
Confira a receita de Fabrice Lenud na secção de RECEITAS!!!!

Sunday, July 29, 2007


Omelette!!!!!!!!!!!!!!

A lenda diz que qualquer pessoa é capaz de fazer uma omelette. Basta ter ovos frescos, bater as claras e gemas em conjuntos ou separadamente, mistura-las, adicionar sal e fritar na frigideira, em manteiga ou óleo de oliva quente. Mas não é bem assim. É difícil fazer uma omelette perfeita. Ela precisa m ficar homogênea , seca por for e úmida por dentro, fofa e leve. Existem alguns truques. Quando as claras e as gemas são batidas em separado, a preparação fica mais aerada. Convém limitar, igualmente , a quantidade de gordura. Excesso de manteiga, ou óleo de oliva, a torna pesada. A massa fina resulta sempre mais delicada. Não por Acaso, os franceses dizem que a palavra omelette deriva de lamelle, que significa laminazinha . Aí, porém, ingressamos em assunto controvertido. Os ingleses também reivindicam a paternidade do nome. Sustentam que ele foi dado por Oswald Mellet, um médico cujo extremo interesse pela cozinha o fez abrir um restaurante. No cardápio de casa, que tinha na porta a placa “Dr. O. Mellet”, destacava-se o prato á base de ovos batidos.

Entretanto, seria melhor considerar a omelette uma invenção universal, ou seja, surgida em vários lugares do mundo. Afinal, a idéia de fritar ovos batidos é tão óbvia quanto brilhante. Existem varias referências antigas da preparação. Ela figurou no mais importante receituário do Império Romano, o DE RE COQUINARIA, escrito pelo rico, extravagante e pródigo Marco Gavio Apicio, que viveu no século I da nossa era. Portanto, já era preparada séculos antes de franceses e ingleses formarem seus paises. Apicio a batizou de ova Mellita. Da mesma forma, poderia ter originado a designação atual. Há muitos séculos os persas dispõem de uma receita assemelhada . é o KOOKOO, ou KUKU. Combina ovos batidos e generosas porções de ervas picadas. A seguir, frita em uma frigideira redonda até alcançar a consistência firme. Na hora de servir, cortam em fatias. Algumas versões do KOOKOO são recheadas. Em certos países do Oriente Médio se elabora há bastante tempo o EGGAH , uma omelette grossa e firme, na qual se acrescenta habitualmente cebola, alho, legumes e verduras. No século XV, os cozinheiros dos Médici- a família renascentista que por 300 anos dominou Florença – já faziam omelette. Chamavam-na PESCE D´ UOVA (peixe de ova)

Os franceses se tornaram os grandes mestres na especialidade, e a receita mais exclusiva do país foi criada na Normandia pela madame Annete Poulard. Viajantes do mundo inteiro vão a te lá para saboreála. De modo geral, a omelette francesa pode ser salgada ou doce, recheada ou não. È servida dobrada em duas ou três partes. Os italianos distinguem a omelette da frittata. A primeira cozinha apenas de um lado; a outra é virada na frigideira e, por tanto, fica mais seca. Os franceses não fazem essa diferença. Chamam a frittata de omelette plate. A tortilla da Espanha é aparentada com ela . Relativamente grossa e chata , cozinha até se formar firme . enriquecem-na com frutos do mar, cogumelos, queijos e, sobretudo, batata. Os judeos sefaradis igualmente a fazem com esse tubérculo comestível. No norte da África, quando leva batata, a preparação vira omelete juive. No Brasil, as receitas nordestinas das frigideiras de camarão e siri representam honrosamente a especialidade.

Wednesday, March 28, 2007

QUINÔA........

A quinôa é um alimento tão nutritivo que seu consumo é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Até os astronautas a ingerem no espaço...
Esse grãozinho poderoso está começando a chegar ao Brasil. É uma planta típica das terras altas dos Andes sul-americanos. Aparece no Peru, Chile, sul do Equador, Bolívia e México. Não é encontrada em nenhum outro lugar do mundo. Era considerada um alimento sagrado pelos incas, povos que habitavam essa região há 5 mil anos.
Da quinôa, são aproveitados os grãos. É um vegetal da família do espinafre que impressiona pela sua capacidade nutritiva. Segundo o cientista de alimentos Jaime Farfan, as populações indígenas da Bolívia a chamam de segunda mãe por que, depois do desmame, as mães passam a alimentar seus filhos com a quinôa.
Mas, o que ela tem de tão especial?
A nutricionista Maria Pia Oliveira Costa destaca que a quinôa é considerada rica em aminoácidos essenciais (como a lisina e metionina, que atuam no crescimento e ns regeneração dos tecidos), importantíssimos para o nosso organismo.
Além disso, cada 100 g de quinôa têm 14% de proteína. Trata-se do único alimento de origem vegetal que possui muita proteína. Pode até ser comparado com a carne e o leite.
A quinôa também é rica em vitaminas A, B1 e B6 e não contém glúten. Por isso, pode ser usada por pessoas que têm a doença celíaca, ou seja, intolerância ao glúten. Também auxilia no funcionamento dos intestinos.
Mas, tem um porém: o valor calórico da quinôa é comparado ao do trigo e farinha refinada... não é baixo. Cada 100 g contêm 318 calorias. Em outras palavras, a quinôa não é recomendada para quem quer emagrecer. Mas, pode ser incluída na dieta no lugar de outros pratos. A variedade de quinôa mais consumida no mundo é a real. Mas, existem outros tipos. Clodomiro Carlos do Pinhal, importador de quinôa, salientou que as cores variam muito, bem como a espessura do talo e o tamanho da sementinha. Em um laboratório de análise de alimentos em São Paulo, as propriedades do grão vêm sendo estudadas há mais de uma década.O interesse mundial pela quinôa tem aumentado muito desde que foi descoberta, há quase 20 anos.
Agrônomos estão plantando a quinôa em solo brasileiro, em outras condições, longe das terras altas e frias. As diferenças nutricionais e de sabor ainda estão sendo estudadas. Atualmente, existem sementes disponíveis para o agricultor que se interesse em plantar isso. Mas, a quantidade ainda não é muito grande.
Por enquanto, a maior parte da quinôa é importada e sai caro porque o processo é artesanal e o plantio, orgânico. Um pacote de meio quilo custa entre R$ 11,00 e R$ 17,00. Ela é vendida em grãos, flocos, farinha e também macarrão, de vários tipos. No estúdio, Ana Maria conversou com o professor Jaime Farfan, da Unicamp, um dos maiores estudiosos de quinôa no Brasil.Ele lembrou que a planta é recomendada para atletas consumirem antes e depois das provas já que é um alimento armazenador de glicogênio e reparador dos músculos.

Tuesday, October 31, 2006

Iguarias japonesas.............


O sushi nasceu em Tóquio na primeira metade do século 19. Vendido em pequenas barracas (carroças) nas ruas da atual capital japonesa, a iguaria fez sucesso. Pessoas se amontoavam em volta de balcões e se deliciavam com os peixes frescos.Para atender aos clientes que ficavam na segunda fila, a espera de uma chance para experimentar a iguaria, os japoneses criaram um sushi em formato de cone. Essa nova invenção permitia entregar o sushi na mão do freguês, que não precisava mais de apoio para comê-lo. Temaki quer dizer enrolado a mão (te significa mão e maki, enrolado). Na maioria dos restaurantes ele é servido como um grande cone, com alga por fora e recheado com arroz, peixe, legumes ou cogumelos. O original era parecido com um canudo um pouco mais aberto. Segundo os especialistas, de todos os sushis enrolados esse é o mais fácil de fazer.


Sashimi :Fatias finas de peixes ou de frutos do mar crus. Segundo os critérios rigorosos da cozinha japonesa, é preciso muito treino e conhecimento para o preparo dessa delícia. Além das inúmeras opções de peixes usados para fazer o sashimi, existem ainda variações de corte. Os retangulares e mais grossos geralmente são feitos em carnes macias; cortes diagonais em peixes estreitos; e os finíssimos são perfeitos para as carnes mais firmes.Além dos peixes e frutos do mar existem algumas opções de sashimi, menos conhecidas aqui no Brasil, como o de carne (gyu-sashi) e o de frango (tori-sashi).


Robata é o nome em japonês para os espetinhos de legumes, peixes e carnes feitos na grelha. Eles podem ser comidos puros ou com molhos. Em um espeto de madeira, os ingredientes escolhidos são alternados e devem grelhar, no máximo, por cinco minutos de cada lado. O tempo varia de acordo com a consistência de cada alimento.O yakitori é uma versão da robata feita exclusivamente com frango. O termo yaki significa grelhado e tori é o mesmo que frango. Geralmente, os restaurantes do Japão que servem a robata têm um pequeno balcão na frente de uma churrasqueira e meia dúzia de banquetas. Não são muito luxuosos e lá são freqüentados por estudantes e trabalhadores.

O Udom : Espécie de macarrão grosso e cilíndrico feito de trigo. Proveniente da China e muito apreciado no Japão, o udon foi introduzido no arquipélago japonês no período Nara, mais precisamente por volta do séc. 8. No entanto, tornou-se popular apenas séculos mais tarde, no período Edo (séc. 17 a 19). Em geral, é preparado como um ensopado, com cogumelos e legumes. Detalhe curioso é que a forma de preparo e o sabor do udon varia de acordo com a região japonesa.

Tempura: Empanado frito de legumes, carnes ou frutos do mar. O tempura pode ser feito com vários tipos de peixes, moluscos e vegetais que são envolvidos por uma fina camada de massa e fritos em muito óleo quente. É um dos pratos mais populares no Japão e aqui mesmo, no Brasil. A massa, ou koromô, é feita de farinha, gemas de ovo e água. Os ingredientes são mergulhados na massa. Depois o tempura é frito em óleo vegetal.

Guioza: A happy hour no Japão começa com guioza. Apesar de enraizado à cultura nipônica, o guioza foi inventado na China, onde era servido cozido a vapor para a nobreza. Depois, os restos eram distribuídos aos soldados, que os comiam já frios. Foram os próprios chineses que acabaram exportando o petisco para o Japão. Só depois da Segunda Guerra, o pastel chinês, recheado de carne ou de legumes, começou a se popularizar rapidamente. O sucesso tem se repetido nos restaurantes japoneses do Brasil. Por aqui, o guioza é uma das entradas mais consumidas, principalmente por clientes avessos aos pratos crus.

O wasabi é uma raiz-forte fresca e picante usada para disfa,rçar o cheiro desagradável do peixe cru. Ao lado do molho de soja, tornou-se condimento indispensável na refeição japonesa. Aqui no Brasil, a raiz-forte vem em pó e é misturada com água para dar origem àquela massinha verde que chega à mesa. De coloração púrpura, folhas jovens são encontradas nas montanhas, no leito dos rios de água gelada e límpida do Japão. Muitos países como o Canadá cultivam a raiz-forte, mas, segundo especialistas no assunto, o melhor wasabi vem mesmo da região de Shizuoka, aos pés do Monte Fuji. Curiosidades:- em japonês, wasabi significa "rosa das montanhas"; - a raiz-forte possui enzimas que combatem as cáries e algumas doenças infecciosas do aparelho digestivo.

Presente em quase todas as refeições, inclusive no café da manhã, o arroz é o principal alimento do povo japonês. Sua importância é tanta, que a palavra japonesa han, que em português significa arroz cozido, é acompanhada do prefixo honorífico go. Ou seja, ao se referirem ao arroz cozido eles utilizam o termo gohan, que pode ser entendido como "honorável arroz cozido".Branquinho e cozido sem tempero algum, o arroz pode servir como acompanhamento ou como recheio de sushis. Na segunda opção, acaba ganhando sabores diferentes de acordo com os complementos dos recheios.

Um caldinho quente, revigorante, que prepara o estômago para receber a comida. Assim é o missoshiru, uma sopa feita de pasta de soja (missô) e caldo de peixe. O caldo também pode acrescentar tofu, vôngule ou macarrão.Na tradição japonesa, o missoshiru é sinônimo de saúde e longevidade. Por ser fermentado longamente, tem uma grande quantidade de enzimas que contribuem decisivamente para a digestão da comida. Abundante no Japão e em praticamente toda a região asiática, a sopa utiliza o koji, fermento produzido a partir de um cereal, geralmente arroz, inoculado com o fungo Aspergillus oryzae. As misturas variam em qualidade e quantidade, produzindo diferentes tipos de missoshiro: muito escuro e forte, vermelho, clarinho bem suave e doce.

Yakisoba: Massa oriental frita com legumes, carnes e molho especial à base de shoyu. Essa combinação perfeita é marca registrada da cozinha oriental. Yakissoba no Japão, ou chow mein, na China, a receita reserva algumas poucas diferenças entre os dois países. A versão chinesa deixa a massa mais crocante e leva oyster sauce, um preparado à base de ostras e caramelo que dá personalidade a diversas receitas vindas da China.Enfim, chinês ou japonês, esse estilo de preparar a massa é delicioso e de sabor bem marcante. Legumes, um pouco de carne de frango ou bovina, um molho com óleo de gergelim e a massa, cozida e passada rapidamente em uma frigideira. Irresistível!

Tofu: De sabor adocicado, o tofu é uma espécie de queijo feito a partir do feijão da soja - fonte de proteínas vegetais -, água e um coagulante natural, composto por sal mineral concentrado. Cru, cozido, grelhado, frito, doce ou salgado - são inúmeras as possibilidades de consumir o tofu.Produzido originalmente na China, há 2 mil anos, hoje é feito em quase 40 mil fábricas no Japão. Fonte de cálcio, ferro, fósforo, sódio e de vitaminas B e E, o tofu é um ingrediente perfeito para incrementar pratos da cozinha oriental e, por tabela, contribui com a saúde: segundo pesquisas, o queijo ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e circulatórias, impede a formação de tumores, evita anemias e equilibra as funções térmicas de órgãos como pulmão e intestino.

Niguiri:^Dentre as variedades de sushis, o niguiri é o mais comum. Consiste em um bolinho de arroz em forma alongada coberto por uma fatia de peixe cru ou ainda polvo e camarões.Sempre preparados à mão e sem ajuda de esteirinhas ou fôrmas, são servidos em pares. O que dá nome a esse sushi é o movimento das mãos ao fazer o bolinho de arroz chamado, em japonês, de niguiri. Vale a dica: segundo a tradição japonesa, o correto é "molhar" o peixe no shoyu e não o bolinho de arroz.

Uramaki: Arroz sobre folha de alga, tiras de peixe ou outros ingredientes, enrolado de forma que o arroz fique na parte externa. Ura quer dizer "fora". O uramaki normalmente vem com gergelim, que além de enfeitar, dá um sabor especial.


O hosomaki : é mais uma variação do sushi, enrolado de arroz, envolto por alga e com recheios variados. Hosso quer dizer fino e maki significa enrolado. De acordo com o recheio, o hosomaki leva um nome diferente:- tekamaki: de atum- kapamaki: de pepino- sakemaki: de salmão

Yakimeshi: Feito com arroz, legumes, ovo e frango, essa versão japonesa do risoto é uma boa opção para quem não gosta de comida crua. O yakimeshi é um dos pratos quentes da cozinha do Japão que disputa sua origem com a China. Confusões à parte, a iguaria é tão completa que dispensa outros acompanhamentos.

Hot roll California: Não demorou muito para que versões ocidentalizadas dos originais sushis japoneses ganhassem espaço no cardápio dos restaurantes e na preferência do público. Habituados a uma alimentação que não valoriza o consumo de alimentos crus, os ocidentais trataram logo de criar recheios quentes ou utilizar ingredientes mais comuns ao seu paladar.O Hot Roll (foto), já pelo nome, dá a dica dessa influência. Ele é um enrolado de arroz com recheio quente, como camarão empanado, por exemplo. Alguns desses sushis também podem vir empanados por fora, com uma casquinha crocante. O Califórnia Roll é um tipo de uramaki, com recheios de kani, frutas, maionese e queijo. Esses últimos ingredientes figuram também em outras iguarias japonesas como o temaki

Na lista dos pratos quentes, o teppan se parece bem com o estilo de refeição ocidental. Carnes, legumes ou cogumelos preparados na chapa. Especialistas em culinária japonesa garantem que o teppan-yaki é uma versão mais "ocidentalizada" do shogun-yaki, prato tradicional em que os ingredientes também são grelhados, porém numa espécie de chapéu de ferro japonês. No caso do teppan, champignon, shitake, shimeji, broto de feijão, camarão, salmão, filé mignon e lula são grelhados na chapa

Shitake e Shimeji: Essa dupla de cogumelos é imbatível na cozinha japonesa. Juntos, shitake e shimeji tornaram-se os mais populares fungos comestíveis dessa especialidade. O shitake é cultivado há cerca de 800 anos pelos orientais e sempre chamou mais a atenção em função do seu alto teor de vitaminas. Seu cultivo se dá em toras ou substratos à base de serragem de madeira. Com sabor característico, o shitake pode ser consumido de versas formas entre elas saladas e grelhados. O shimeji (foto), por sua vez, cresce geralmente em troncos de árvores em decomposição. Existem vários produtores que o cultivam em estufas especiais em escala comercial. Há pouco tempo, eles eram encontrados apenas em mercearias orientais, mas hoje é possível achá-los nas grandes redes de supermercado. Inteiros ou laminados, in natura ou desidratados, esses dois tipos de cogumelos conferem sofisticação e um sabor especial à culinária nipônica.

Moti: Desde a Antiguidade, o moti é uma iguaria oferecida aos deuses, especialmente no Ano Novo. Segundo a crença, simboliza o sol e a lua ou o homem e a mulher. Colocado na sala principal ou em uma mesinha no altar xintoísta da casa como uma oferenda aos deuses, o mochi simboliza a expectativa de felicidade e prosperidade no ano que se inicia. O moti é feito com arroz e acompanha pasta de feijão azuki, que são grãos vermelhos de feijão especialmente usados para receitas doces. São encontrados também em forma de glacê (ama-natto) ou em pasta (neri-an). Tradicionalmente, a pasta de feijão azuki é o único acompanhamento do bolinho de arroz.

Karinto: Um aperitivo delicioso. O karinto, ou biscoito de gergelim, é feito com um ingrediente que traz muitos benefícios a saúde: a soja. O grão é fonte de energia, proteínas, minerais e vitaminas. O gergelim dá sabor especial ao biscoito que pode ser servido caramelizado.

Wasashi: Dentre os doces típicos japoneses, chamados de wagashi, o manju (bolinho recheado com doce de feijão) é um dos mais populares e apreciados. O ingrediente principal é o de shiroan, uma pasta doce de feijão branco. Aqui no Brasil, essa pasta é facilmente encontrada em casas de produtos japoneses e vem enrolada em pequenas porções.

Wednesday, October 11, 2006

Filé au Poivre... Rescatando uma Tradição!!!1

Desde tempos remotos a pimenta condimenta a carne. No século 1, o gastronomo romano Apicio a recomendava pra combater o mau cheiro das carnes faisandées, ou seja procesadas um pouco antes de se tornarem imprestáveis, para guardarem o sabor caraterístico. O mesmo conceito foi dado no século 14 pelo cozinheiro francês Guillaume Tirel, apelidado Taillevent (en virtude do eneorme nariz) "que parecia cortar o vento")

A Cozinha da época apreciava o sabor picante da pimenta e seu contraste com o agridoce.

No livro LE VIANDIER, uma das mais antigas obras de culinaria escrita em francês , Taillevent menciona carnes temperadas com pimenta. Más há grande posibilidade da receita do Filé au Poivre ter sido sistematizada apenas no século 19, por obra de Auguste Joliveau do CAfé de Paris, na aveneu de L´Opéra.

Sua f ormula valoriza o fié mignon, carne localizada abaixo das vértebras lombares do boi e extremamente tenra, pois practicamente não é movimentada durante a locomoção do animal. Muita gente o acxha semn graça , mas a objeção é injusta . O filé mignon aceita molhos de varias naturezas originando diversos clássicos. São exemplos os filés Chateaubriand, á Diana , ao molho de mosrtada, á Wellington, en croûte, , Henri IV e au Poivre. Esse último , como nome indica , deve sua forte personalidade á mais cosmopolita das especiarias.

No Restaurante Nativo , rescatei esse classico da culinaria Internacional e reapresentei ele acompanhado de Batatas Pursianas e Salada Ceasar. Sabor forte de pimenta e flambado com Cognhac , esse prato ter sido ate agora um dos mais pedidos pelo nossos clientes...



Confira em breve sua receita na sessão de Receitas....